domingo, 30 de novembro de 2014

Deus meu, Senhor meu...

De todo o mal, Te pediste que Me livrasses,
e toda angústia, pedi que arrebatasses,
pois minha alma é Tua, oh Pai,
e meus encantos são por Ti.

Destes sempre, inevitavelmente,
provas acalentadoras de Teu febril amar,
que a mim afagas a existência,
e que aos meus acaricias o repousar.

São Teus os meus suspiros,
na inerte noite em que admiro os vaga-lumes,
e os pontos trigueiros a brincar no infinito,
e o horizonte familiar, expansivos volumes,
de terra, Deus meu, das Tuas criaturas,
Tuas entranhas, Tuas figuras,
símbolos de nosso amar,
nas noites tão escuras.

Teu abraço é tudo o que espero,
nesse viver que nada sacia,
Teus anjos, eis o que quero,
e Tua celeste companhia.

Torna belo, meu apenas estar,
como O tens o feito desde que nasci,
Me concedeste o verdadeiro amar,
no dia em que a conheci.
Gratidão é tudo,
pelo caminho que apontastes,
na presença dela o universo é mudo,
e por ela minha alma renovastes.