segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Versos livres.

Eis que agora o ímpeto de tal refúgio
Vacila minha confusão,
Meu devaneio.
A solidez da aurora tão viva,
Tão agora motiva a fronte erguida
Sobre qualquer desventura.
Nada antes me fora assim realidade pura
E singela.
O encanto dos dias atuais
É o tempo que para por ela,
Prostrado ao brilho renovador
De sua face e seu todo.
Segundo após segundo
Novo ar me vem,
Sempre mais leve
E ainda mais apaixonado.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Uma das faces.

O egoísmo emudece
Toda leveza,
Cala a mente e retrai o pensar.
Por um querer possessivo,
Deveras quase agressivo,
Imaturo e infantil...
O egoísmo sufoca o amar.

Cortante as palavras
Que conflitam no campo
Febril do amar de posse,
Quebrado o coração
De quem recebe
O desvelo doentio de uma
Cegueira inerte.
Torna o relógio
Um pavor desigual
O apenas estar,
Amargurado pelas promessas
Um dia impetuosas,
E pelo sorrir submisso
E dissimulado em fragilidade.
Mera fragilidade falsa!
Mero amar sincero!


terça-feira, 8 de setembro de 2009

Realidade Rude.

Vai voando ao vento
Um verso vil meu,
Livre a lapidar a lua,
Luar sereno seu...
Não o vento me chama,
Não a lua me aclama,
Não o mundo me ama.
Ama-me o espelho
Tão somente,
Realidade rude,
Quebrando amiúde
A imagem nociva
Nascente.