segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Támiris.

Queiras o mundo em barcos de papel,
Pois ele é aquilo o que desejares.
Vá você por infinitos mares
A fitar da água o mais belo do céu.

Avante à proa, no seu teatro oculto,
A lapidar os sonhos e outras intenções,
Levas serenas todas canções
Que falem de amor e não de insulto.

domingo, 8 de agosto de 2010

Há quem ame.

Há sempre o mesmo toque,
Mesmo ímpeto desnudo e carnal,
Confuso em sua primitiva esfera,
Desgarrado,
Obsessivo.
Há quem não goze do perfume de todos os dias,
Dos lábios persuasivos que desferem
Banais carícias e torpes ensejos,
Devassos lábios e diversos.

Olhai atento o amor,
Pois há nele a coragem da constante renúncia.